Sunday, June 17, 2007

E se eu for o primeiro...

... a prever e poder desistir do que for dar errado.


A coragem, às vezes, cansa.
E se pode ser corajoso sempre, menos à noite.
E se pode ser estrangeiro sempre, menos à noite.
E se pode ser sozinho sempre, menos agora.

Thursday, May 24, 2007

El Pasado

Tem uma fogueira no meu estômago, à espreita. Ainda não aprendi a alimentá-la com um pires de leite, mimá-la. Mais bem prefiro fumar: fogo contra fogo.
De vez em quando me pergunto se meu corpo frágil vai resitir a tulipas de uísque, a mensagens sem resposta, a farofa e costelinha de porco.

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Faz frio, muito frio, como em 2002, quando eu vim para esse mundo. E, além da fogueira, carrego hoje uma excitação sem lugar, mando beijos a estranhos. E se eu abrir muito a boca é capaz de sairem chamas largas _melhor que longas (adoro quando o português encontra o espanhol numa curva).

Wednesday, April 04, 2007

Se eu peco é na vontade

Se eu peco é na vontade
Se eu peco é na vontade
Se eu peco é na vontade

Sunday, April 01, 2007

El pasado

Eu prefiro pular essa parte.
Fww, vamos, fww, para a era sem contransgimentos e natural. Mesmo que seja só até o cigano Pablo aparecer, com seu dry martini.

- Eu pago, moço. São 15 beijinhos. Sim, n0 débito.

Tuesday, February 27, 2007

Anything else

O desejo é o oposto da morte.
O desejo é o oposto da morte.
O desejo é o oposto da morte.
Qualquer lampejo, qualquer
é uma corrente elétrica.

E, do pior, você não sabe.

Aí eu tropeço, erro na força, deixo palavras sobrando. De repente, fico muito confiante. Depois, lembro que mastiguei um pedaço do meu dente _da frente.
Se eu acreditasse em aprendizado, mas eu só creio em repetição, em farsa.
Três palitos para farsa, um palito para o drama.
Meio palito para mim e meu dente.

"Don't panic, "Confession is nothing, knowledge is everything." That's a quote but I'm not going to tell who said it.
{...} Confession is me, knowledge is everybody. "
(ss)

Eu não tenho dinheiro e nem quero amar você.
O que você quer de mim, querido?

Friday, December 29, 2006

Espera

Se o fogo da minha cabeça queimasse tudo logo, tudo de uma vez, se libertasse. Começava pegando fogo no computador, no bloquinho, nos livros, nos chefes, na varanda, nos meus cigarros.
Não ficava nesse banho-maria.
Eu quero é a Maria Bethania.

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Eu pagava qualquer coisa para não ter de vir trabalhar no deserto desses dias, nem nos dias cheios.

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Pior, nem tem a força na tristeza _não faria sentido, o meu ano foi bom. Pouca força não é força (e não há amor sem força). Amore, inutile finestra.

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30.003. Ele é o novo desaparecido. Se no me olvido, moriré. Otro crime quedará sin resolver.

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Ai, como sou cursi. Eu acho que gosto mais de anos pares.

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É uma risada de menino que eu guardo comigo. Quero ser mãe e irmã e prima. Quero que eles lamentem por eu ser mãe e irmã, e se deitem com a prima. Quero a força esmagadora e irrevogável. Torrar carne de vaca, jogar fora a água suja e o leite quente. Eu cuido do menino.

Monday, November 06, 2006

Odeio Woody Allen

de novo negociada
auto-socorro
visão, missão
boca suja de lápis
referendo


agora, passou a crise. mas quando ela vem, é terrível.
Meu pai não era bom de futebol.
Corta: você aquecendo para entrar em campo. Balança o cabelo _como alguém que amarra um lencinho vermelho no pescoço merece tanto espaço nas minhas definições de masculinidade?
Certa náusea de cigarro e fome.
É que quebra a lógica, ou quem chega mais próximo de quebrá-la.
Como foi que chegamos nisso, querida? Como foi?
Ego não fundado.
Dúvidas, dúvidas. Até que ponto vai minha capacidade de cognição e abstração? Com os atletas e músicos, é doloroso e diferente. Chega a um ponto da vida e eles sabem: chegamos ao auge da nossa técnica. Daqui, não passamos.
Mas capitularei? Em maiúsculas?
Lembro do meu amigo, que capitulou. Muito mais honesto.
Assumir uma fraqueza, eu queria a tangueira. Eu queria meu bunker de volta. Era outro tipo de sofrimento, pelo menos. Não às forças do retrocesso, ao confortável lugar neurótico me acenando.
É isso mesmo, um espelho repleto de sinais e de interpretações rasteiras, livros quase didáticos.
Faz calor, faz calor. O sapato alto me incomoda, minhas unhas se sujam facilmente, aparecem outras espinhas. Meu deus, algo pode ser tão desconfortável?
Mas é uma profissão de fé: eu queria uma modernização conservadora. Sem rupturas mentais. E acredito ainda nessa solução.
É só respirar fundo. Analisemos: não faz nenhuma lógica. Ninguém abriria mão, sem luta, de seu poder. Então, às armas.
Já estou eu traçando rotas de fuga, profundamente desgostosa.